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Gestão da inovação: benefícios e implementação

9 Mins de leitura

Fica cada dia mais difícil ignorar a palavra “inovação” e tudo o que ela traz consigo no mundo corporativo. É fato: as empresas estão acelerando o passo para encontrar novas soluções para seus produtos, serviços e métodos de gestão. O detalhe é que esse esforço pode se mostrar inútil caso não exista um plano com foco em resultados na busca por inovação. E a melhor maneira de realizar isso é implantar uma gestão da inovação!

Neste artigo, vamos explicar exatamente o que esse termo significa, que benefícios concretos pode trazer e, claro, como implementá-lo na sua empresa. Ficou interessado? Então continue lendo!

O que é gestão da inovação?

A princípio, a gestão da inovação se concentrava no setor de marketing das organizações. Contudo, por se mostrar necessária também em outras áreas, acabou se tornando uma prática mais global, voltada para a integração de todos os departamentos da empresa.

Podemos dizer que um gestor de inovação é responsável por criar, implementar e gerenciar processos inovadores, seja pensando em um novo produto, mudando as diretrizes internas ou repensando as ações de marketing e venda do negócio.

Para dar conta de todas essas tarefas com eficiência, é preciso ter conhecimentos técnicos, focar na gestão de equipes, ser capaz de detectar tendências e desenvolver habilidades para conseguir inovar de maneira estratégica, propondo novidades de impacto mensurável.

Mas atenção: a gestão da inovação não se limita ao desenvolvimento de novas soluções! Na verdade, ela forma o pilar de uma cultura organizacional inovadora, que deve permear todas as ações da empresa e direcionar a atuação tanto de lideranças quanto dos demais colaboradores.

Qual é a diferença entre a inovação incremental e a inovação radical?

Você sabia que existem dois tipos de inovação? Uma delas é está baseada em pequenas melhorias, enquanto a outra busca revolucionar o mercado. Entenda a seguir.

Inovação incremental

A inovação incremental é aquela que deseja criar uma série de upgrades ou pequenas melhorias em serviços, produtos, processos ou métodos já existentes na rotina de uma empresa. As mudanças implementadas por meio desse tipo de inovação são, geralmente, focadas em otimizar a eficiência e o desenvolvimento da produtividade, de um produto e da diferenciação competitiva do negócio.

Muitas organizações usam a inovação incremental para manter ou melhorar a posição que seu produto apresenta no mercado. Um programa de inovação incremental constante é fundamental para a manutenção do conceito de uma marca. Em outras palavras, o programa pode não provocar crescimento algum, mas, caso a empresa não inove, os clientes podem deixar de se identificar com o produto.

Devido a esses motivos e para conquistar novos mercados, a indústria passou a adotar a tática da inovação incremental. O caso do iPhone é um bom exemplo. Os usuários do sistema operacional não esperam somente melhorias no desempenho ou nas funções do aparelho. Como a Apple cresceu também por apresentar a característica da inovação, os clientes aguardam lançamentos de funções inéditas e de um design cada vez mais moderno, mas que ainda mantenha a identidade particular do produto original.

Inovação radical ou disruptiva

Funcionando da maneira oposta à inovação incremental, a inovação radical ou disruptiva ocorre quando um novo serviço, produto, processo ou estratégia é introduzido no mercado. Ele deve ser projetado para causar um impacto expressivo, substituindo por completo as tecnologias e métodos existentes até então.

Esse modelo de inovação radical exige um investimento significativo — de recursos e de tempo — diferentemente da alternativa anterior, que é considerada mais segura.

Embora as empresas utilizem a inovação incremental como a mais comum, algumas vezes os empreendimentos também apostam em ambas as estratégias de inovação.

Por exemplo, a inovação radical pode ser empregada para introduzir um serviço ou produto no mercado. Caso seja bem-sucedida, a companhia utilizará a inovação incremental para melhorar constantemente a criação e mantê-la sempre competitiva.

Qual é exatamente o papel da gestão da inovação nas empresas?

Não é preciso ir muito longe para entender o que é a gestão da inovação e como ela é importante dentro de uma organização. Em geral, ela é responsável por proporcionar maior facilidade para o nascimento, implementação e execução de ideias transformadoras. Um dos papéis mais relevantes dessa gestão é derrubar as barreiras existentes para que esse processo se torne possível. Confira a seguir!

Criação de uma cultura de inovação

Ao fomentar uma cultura que permite que todo o funcionário possa colaborar para a inovação, a gestão abre portas para que a empresa encontre mais soluções. A partir disso, também é importante facilitar a visibilidade das ideias: é preciso pensar em maneiras de simplificar o compartilhamento das criações entre os próprios profissionais.

Dessa forma, todos os funcionários podem contribuir entre si, identificando as propostas de maior destaque, sugerindo melhorias e ajudando a desenvolvê-las.

Outro ponto essencial trazido pela gestão da inovação é o posicionamento da companhia em relação à execução das ideias. Afinal de contas, não basta pensar em ótimas soluções, é preciso que os planejamentos sejam colocados em prática e inseridos no mercado.

Manutenção do clima organizacional

A gestão da inovação tem grande valia até mesmo para a união dos integrantes da empresa. Como mencionamos, os métodos propostos na busca pela inovação envolvem a colaboração de cada funcionário da equipe. Sendo assim, pode-se dizer a presença da gestão da inovação acaba afetando todo o processo produtivo.

À medida que a empresa gera valor aos colaboradores, surgem mais conceitos inovadores e maior motivação dos integrantes do negócio no cotidiano.

Geração de ideias

A aplicação da gestão da inovação ainda pode facilitar e acelerar o processo de idealização. Essa vantagem, por si só, consegue fazer com que a inovação chegue aos seus beneficiários com rapidez, preenchendo a lacuna que existia antes dela. E, com uma gestão da inovação flexível, o fluxo de ideias aplicáveis ganha números ainda mais expressivos.

É justamente essa movimentação acelerada e a aproximação dos novos produtos com o público-alvo que vai permitir que a próxima inovação supere as anteriores e, assim, resolva cada vez mais as necessidades do cliente.

Facilitação dos fluxos de trabalho

Em geral, ao entender o que é gestão da inovação, consegue-se criar uma base sólida para dar orientações a cada ideia trazida pelas equipes. Dessa forma, a empresa garante que nenhum conceito de potencial sucesso se perca no papel.

Algumas inovações (mesmo as que aparentemente têm pouco impacto) podem, em conjunto, dar mais performance à competitividade da instituição no mercado. Esses pequenos ganhos em produtividade e também em redução de custos costumam fazer toda a diferença.

De que forma a gestão da inovação afeta a competitividade?

Hoje em dia, não há empresário que discorde do valor que as práticas inovadoras podem agregar ao negócio. Porém, não é incomum notar que muitas companhias ignoram de que forma a gestão da inovação pode mudar completamente a sua competitividade. Ao aplicar essa gestão no empreendimento, é possível empregar os diferentes modelos de práticas inovadoras no momento certo, tomando as ações corretas, promovendo a divulgação adequada etc.

Primeiramente, é fundamental que a administração compreenda que nem toda inovação revoluciona os processos internos e os produtos da empresa. Como mencionamos, o conjunto total de inovações gera ganhos em produtividade e em redução de custos que farão toda a diferença lá na frente.

Outro aspecto essencial a ser considerado é em relação aos consumidores atuais, que sempre esperam por alguma novidade. De certa forma, a inovação tornou-se um fator determinante da longevidade e do sucesso das organizações modernas. Dessa maneira, é importante que a empresa também planeje ações que proporcionem mudanças visíveis para o consumidor final.

Conforme explicamos, existem dois tipos de inovação (incremental e radical), e é fundamental compreender a utilização e o funcionamento de ambas para manter a competitividade. O mercado não quer mais só bons serviços, mas sim serviços melhores e novos. Portanto, as companhias devem ter planejamentos periódicos sobre como e quando realizar pequenas e grandes inovações.

Que vantagens ela traz?

O primeiro grande benefício de implementar uma gestão de inovação já foi inclusive citado no tópico anterior: fortalecimento de uma cultura inovadora. E o melhor é que essa vantagem acaba se desdobrando em outros diferenciais competitivos, que envolvem tanto o público externo e o mercado em si quanto o ambiente interno da empresa. Para que isso fique claro, vamos por partes.

Melhora a competitividade

Não tenha dúvida: sua concorrência está, neste exato momento, procurando inovar sua carteira de produtos e atualizar processos internos. E essa corrida rumo à novidade encontra bastante demanda no mercado atual, que apresenta um ciclo de vida de produtos cada vez mais curto. Nesse cenário, o que é inédito, eficiente e menos custoso ganha a preferência dos consumidores. Esse é, portanto, o mínimo a fazer para não ficar para trás.

Agrega valor ao produto e à imagem

Produtos inovadores têm mais valor agregado. Por isso, têm também uma maior margem de lucratividade. Afinal, não estamos falando apenas de um item funcional, mas sim de algo que pode transformar a experiência do usuário.

A empresa que inova também melhora sua imagem e reputação, podendo se tornar referência na área em que atua e usar essa autoridade para ditar tendências no mercado.

Motiva os funcionários

A motivação dos profissionais aparece quando eles sentem que podem ajudar a empresa a crescer e, ao mesmo tempo, ascender na carreira. Trabalhar com gestão de inovação mostra que a companhia está focada no crescimento de longo prazo, que é controlado e planejado. E os colaboradores só podem se beneficiar disso! A cultura inovadora revitaliza o negócio.

Organiza os processos internos

Inovar é importante, sim, mas fazer da inovação um diferencial estratégico é o que realmente define empresas de sucesso no longo prazo. A gestão da inovação faz justamente isso: cria um ambiente organizado e métodos eficientes para trazer resultados de forma consistente e, assim, tornar-se o cerne do planejamento estratégico da companhia.

Como implementar a gestão da inovação?

Agora que você já sabe que a gestão de inovação pode trazer benefícios reais para sua empresa, chegou a hora de colocar a mão na massa! Pronto para criar as condições necessárias para tudo isso sair do papel e ganhar vida? Então basta seguir nosso passo a passo!

Coloque a gestão da inovação no planejamento estratégico

Essa ação deve vir da alta gerência da empresa, que precisa entender que a inovação deve estar no centro do negócio, recebendo tanta atenção e recursos quanto outros setores-chave — como financeiro ou vendas.

Isso significa montar equipes especialistas em fomentar a inovação, bem como prover os recursos necessários para que o trabalho seja efetivo.

Incentive o compartilhamento de conhecimentos

Tudo bem que ter um núcleo para tocar a gestão da inovação é uma estratégia eficiente, mas não se esqueça: nenhuma equipe inova sozinha! Nesse sentido, a integração pode ser a chave do sucesso. Experiência e conhecimento técnico de profissionais de diferentes áreas devem ser unidos para criar soluções mais eficazes, que tenham consistência para ser implementadas com agilidade.

Volte o foco para resultados

Nada de inovar por inovar. É preciso inovar para atingir objetivos específicos. Assim, os investimentos em inovação devem ser orientados por algumas questões. Pense sobre as áreas em que a companhia não é tão eficiente, as ações da concorrência, a demanda do público, as tendências do mercado, o orçamento de que a empresa pode dispor e o tempo necessário para criar soluções inovadoras que trarão retornos reais.

Estimule a inovação de forma consistente

A gestão da inovação não é voltada para soluções meramente pontuais. Aliás, pelo contrário: ela deve ser uma prática recorrente, cotidiana. Pensando nisso, estimule os colaboradores a pensarem de maneira inovadora, dando liberdade para que façam propostas e reconhecendo os esforços nesse sentido.

Também convide clientes e fornecedores a oferecem insights que possam orientar processos inovadores, gerando redes criativas dentro e fora da organização.

Mensure resultados

Como qualquer área de uma empresa, a gestão da inovação deve trazer resultados reais. Por isso é essencial criar métodos de controle e acompanhamento dos processos inovadores. Só assim é possível detectar quais ações foram efetivas e quais não mostraram o retorno esperado.

É importante ressaltar que esse acompanhamento não deve acontecer apenas na ponta final do ciclo — que, em geral, é traduzido em número de vendas. Também avalie métodos de pesquisa, desenvolvimento de protótipos e ciclo de aprendizagem para analisar corretamente toda a cadeia inovadora e, assim, ter subsídios para aprimorar procedimentos.

Como você viu, a gestão da inovação proporciona uma série de benefícios para as empresas, gerando maior competitividade e trazendo segurança para o longo prazo. Cabe à companhia conhecer os dois tipos de inovação existentes e planejar quando utilizá-los, a fim de criar cada vez mais diferenciais.

Hoje, não há dúvidas de que a gestão da inovação é parte essencial da estratégia de qualquer negócio. Ainda assim, existem outros fatores que também devem ser levados em conta no planejamento estratégico organizacional. Quer saber mais sobre o assunto? Então confira quais são os 6 passos para montar um planejamento estratégico empresarial de qualidade!

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Sobre o autor
CEO e CoFounder da Alterdata Software
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