Há dois anos Rodrigo Mendonça faz parte do quadro de colaboradores da Alterdata. A oportunidade surgiu no momento em que buscava novos desafios na sua área de atuação. “Eu sou formado em Psicologia e comecei a procurar algum trabalho que pudesse ser feito dentro de um RH, mas não havia empresa estruturada pra que eu pudesse atuar. Foi então que apareceu a vaga e, com base nas minhas aspirações perante a Psicologia, fui chamado para a entrevista. Acharam interessante trazer para empresa essa proposta, alguém que tivesse esse olhar diferente, uma representação para os PCDs (Pessoas com Deficiência)”, disse o Aux. de Recrutamento e Seleção.
Rodrigo tornou-se deficiente visual após um acidente na modalidade esportiva que praticava, a Capoeira. “Entrei pra faculdade depois do acidente. Pensava que ia atuar em clínica, porque só precisaria de uma cadeira pra exercer meus conhecimentos psicoterapêuticos. Sentaria em frente a um paciente e conversaria, sem precisar da minha visão. Num RH sabia que teria que mexer com computador e enfrentar outros desafios. Disse na entrevista que queria mostrar serviço, fazer alguma coisa, mas que eu não fazia ideia de como seria, porque também tinha essa incerteza quanto ao trabalho que poderia ser desenvolvido por causa da minha deficiência. A Letícia, que me acompanhou na ocasião, disse: Vamos encontrar algo pra você fazer, só precisamos que vista a camisa da empresa”.
E foi exatamente isso que ele fez. “Hoje converso com os colaboradores, da matriz ou de filiais, faço o levantamento sobre seus pontos de vista, busco entender as sugestões, verifico como anda a adaptação deles na empresa e mostro também o que estamos fazendo para atender a todos. Entendo o que eles passam, porque sei como é difícil estar num lugar onde você não tem acessibilidade. Acho que trazer esse diferencial afeta diretamente na minha função. Percebo um esforço muito grande por parte dos Setores em encontrar uma solução para as demandas que chegam. Ver o retorno do trabalho que fazemos também é muito gratificante”, ressaltou.
Os desafios, na verdade, começaram bem antes de entrar para os Recursos Humanos. “Eu fiquei muito abalado com a perda da visão. Uma vez sofri um acidente porque não quis usar a bengala. Eu já não enxergava bem, dei aquela corridinha para atravessar a rua e bati num carro. Demorei pra usar a bengala e a me aceitar como deficiente. Fiz terapia, o que me ajudou bastante. Essa aceitação aconteceu ao longo do tempo, mas tinha dúvidas sobre o que eu podia fazer e como um ambiente organizacional ia me incorporar nessas condições. Trabalhar na Alterdata é muito bom pra mim, pro meu ego mesmo. Estou numa empresa conceituada, posso desenvolver o meu trabalho, vejo as coisas acontecerem”, contou orgulhoso.
“O meu primeiro impacto na empresa foi antes da entrevista. Na calçada da Alterdata havia uma faixa de condução para deficientes. Então eu tive a certeza de que tinha alguém aqui pensando mim. Depois teve a voz no elevador, que me dizia em que andar estava. É diferente quando você tem amparo, não é uma coisa feita de qualquer maneira. Da mesma forma acontece ao longo do meu trabalho. O Rh foi sendo estruturado para me adaptar. E o meu Gerente teve todo esse cuidado. Isso foi muito importante pra que eu pudesse ficar na empresa, me sentir em casa. Hoje não consigo imaginar um outro ambiente organizacional que me incorpore tão bem quanto a Alterdata”, afirmou Rodrigo.
Sobre as oportunidades disponíveis para pessoas com necessidades especiais, lembrou que o diferencial é acreditar em si mesmo. “No começo, quando passei a não enxergar, eu tive um surto. Pensava que tudo havia ficado ruim pra mim. E minha mãe me disse uma frase muito importante: Você é mais do que um olho. E acho que é exatamente isso que devem pensar os PCDs, eles são mais do que suas deficiências. Acredito que muitos deles não se candidatam porque tem medo, porque acreditam que não serão satisfatórios para a empresa. Eu tive esse medo antes de entrar, mas vi que a Alterdata nos oferece autonomia e os demais colaboradores também têm amor pelo que fazem, provam esse cuidado com a gente no dia a dia. Espero que as pessoas que estão do lado de fora possam ter essa visão e entrar também”, concluiu.
Sobre a campanha
A campanha visa mostrar o lado mais humano da empresa, tirando aquela imagem que muitos clientes e público externo têm sobre uma empresa de tecnologia (robô, tudo automático etc). Todas as nossas ações são pensadas sempre no lado humano, no reconhecimento da importância dos colaboradores e, principalmente, entendendo que não somos máquinas.
Bela história de superação!
Orgulho de fazer parte de um empresa tão inclusiva como esta. Que dá oportunidade a todos, independente de suas condições físicas!
Alguém já disse que ” o lugar mais difícil de estar é o lugar do outro”, e quando encontramos dentro de uma sociedade capitalista, não uma pessoa, mas uma empresa com essa competência, com esse olhar humanista, é preciso aplaudi-la, inclusive, para que sirva de exemplo para outrem.
Parabéns pela superação! Á deficiência não tem que ser usada como obstáculo. Mas sim como um trampolim para um nova conquista. Que venham muitos objetivos , muitas conquistas e muitas superacoes. Foco ,força e fé! Que Deus abençoe e multiplique em sua vida hoje e sempre. Parabéns!