Escolher entre um ERP on premise (instalado nos servidores da própria empresa) ou em nuvem é, guardadas as devidas proporções, como decidir entre ter carro próprio ou recorrer aos serviços de transporte por aplicativo.
Embora um veículo particular traga algum conforto e personalização, a viabilidade de arcar com os custos de estacionamento, IPVA, licenciamentos e manutenções periódicas coloca em xeque a decisão de manter o bem — no lugar de recorrer ao simples “aluguel” do serviço.
São essas reflexões que justificam o crescimento massivo dos serviços em nuvem no mundo todo. Segundo o Gartner, o modelo deve crescer 17% em 2020 (movimentando US$ 266,4 bilhões) e mais de 55% até 2022 (alcançando a casa dos US$ 354,6 bilhões).
Por mais que o ERP on premise seja mais controlável, as facilidades do ERP em nuvem se destacam especialmente para as empresas menores ou que estão em fase de expansão (geralmente com maiores dificuldades de manejo de capital de giro).
Hoje, você vai saber mais sobre os diferentes modelos e entender por que o software de gestão empresarial local tem se tornado cada vez mais raro nas empresas. Acompanhe!
Quais as diferenças entre ERP on premise e ERP em nuvem?
As distinções entre sistema de gestão local e em nuvem passam por questões como infraestrutura, forma de pagamento, momento de dispêndio, grau de mobilidade e até nível de segurança. Vamos analisar tudo isso ponto a ponto.
Infraestrutura, investimento e manutenção
Manter um ERP on premise (também chamado in company) exige um elevado investimento inicial em hardware, especialmente pela capacidade de armazenamento local que os servidores devem ter para rodar o software de gestão empresarial em alta velocidade.
Manter servidores físicos, por sua vez, significa investir grandes volumes de recursos em salas especiais, refrigeração, nobreaks, além da própria manutenção (que não é barata).
Um ERP em nuvem é contratado junto a um provedor de serviços, o qual se responsabiliza por toda a infraestrutura, segurança e manutenção do aplicativo, disponibilizando-o ao usuário por meio da internet, mediante o pagamento de mensalidade.
O SaaS, oferecimento de recursos computacionais não mais como produtos, mas como serviços, é uma alternativa moderna para contar com softwares de ponta em TI sem ter que despender capital de giro para isso— é a chamada troca de CAPEX para OPEX.
Segurança e privacidade
Muitos gestores acreditam que um ERP on premise oferece mais privacidade e segurança para alocação de dados críticos porque, nesse modelo, todo o conteúdo do sistema roda nas dependências da empresa. Mas não é isso que os números dizem.
Um estudo do Gartner, realizado há alguns anos, mostrou que 95% das vulnerabilidades de TI se originam em erros cometidos pelos próprios usuários, não por intrusões em sistemas de nuvem privada.
Assim, a criação de senhas de fácil descoberta, abertura de links maliciosos, exposição da senha em locais de simples visualização, entre outras falhas de engenharia social, explicam por que os ataques cibernéticos quase duplicaram no Brasil em 2018, por exemplo.
Em meio a tecnologias como criptografia e blockchain, os provedores de serviços em nuvem privada revestem seus sistemas de incontáveis camadas de segurança da informação, como login/senha, autenticação de dois fatores (confirmação de acesso via celular), backups automáticos, hierarquia de permissões, encriptação de arquivos, além de outros gatilhos que seriam difíceis de reproduzir com baixo custo na implementação de um software local.
Flexibilidade e acessibilidade
O maior problema de um ERP on premise (compartilhado pela rede interna) é justamente o fato de ele só existir dentro dos muros da empresa — o que inviabiliza trabalhos com equipes multidisciplinares em áreas geográficas diferentes, home office e BYOD (Bring Your Own Device, estratégia de redução de custos de TI na qual os gestores permitem que os colaboradores acessem os sistemas da empresa a partir de seus próprios smartphones).
Uma empresa precisa de mobilidade: no mundo dos negócios digitais, as organizações devem estar em todos os lugares, 24 horas por dia. Porém, isso só é possível quando seus sistemas podem ser acessados a partir de qualquer local. E, para isso, eles precisam estar alocados em nuvem.
Além disso, caso um sistema ERP on premise já esteja operando no limite de sua capacidade, o aumento de memória implica a aquisição de novos ativos de hardware, trazendo novos custos, tempo de espera e pouca velocidade de adaptação. Por outro lado, quando há ERP em nuvem, a escalabilidade é imediata, com a possibilidade de elastecer ou reduzir a capacidade do sistema com uma simples requisição.
Disponibilidade e manutenção
Um sistema de gestão na nuvem é fornecido por provedores que assinam contratos de nível de serviço (os chamados Service Level Agreements — SLAs), compromissos que preveem, entre outras questões, o padrão mínimo de disponibilidade dos serviços entregues e os programas de monitoramento de incidentes que evitam timeouts que podem comprometer seu negócio.
O grande investimento em segurança feito pelo provedor dos serviços em nuvem, assim como sua especialização em controle de riscos, normalmente se traduz na forma de raros episódios de indisponibilidade, em um grau difícil de ser equiparado internamente.
A disponibilidade de um ERP on premise, por sua vez, depende da presença de uma equipe de TI interna de alta qualidade (aumentando os custos com pessoal), além de equipamentos novos (não suscetíveis a superaquecimentos, por exemplo) e inúmeros recursos de monitoramento do ambiente de TI.
Alinhamento da relação receita/despesa
A compra de tecnologia normalmente exige um elevado investimento inicial; no entanto, o retorno costuma vir apenas no médio ou longo prazo. O problema é que, especialmente nas pequenas e médias empresas, não há disponibilidade de capital no começo das atividades, o que torna o ERP on premise pouco viável para as companhias nesse perfil.
Um software de gestão empresarial em nuvem equilibra melhor a relação entre ingressos e dispêndios, uma vez que o custo mensal da assinatura do sistema vai sendo pago naturalmente pela receita gerada dentro do próprio exercício. Nesse modelo, não há custos com licenças, atualizações, customizações etc.
Por que estamos caminhando para uma “nuvenrização da TI”?
As vantagens do fenômeno “cloud computing” se traduzem em uma pesquisa feita com executivos C-level na América Latina, em 2019. No levantamento, 80% dos profissionais disseram que suas empresas têm ou terão novos projetos baseados em nuvem nos próximos 12 meses.
Nada inesperado. A computação em nuvem democratizou o acesso à TI, permitindo que empresas de pequeno e médio porte tivessem acesso a recursos que antes eram reservados apenas aos gigantes do mercado.
Com hardwares fora da empresa e disponibilidade imediata de serviços sem investimento em maquinário, o ERP em nuvem ajuda as organizações a se tornarem mais flexíveis e aprofundadas em seu core business — o que é crucial em uma era em que inovação é a palavra de ordem no mercado mundial, em todos os níveis e segmentos.
Como funciona o melhor ERP da Alterdata?
Um software empresarial como o ERP Alterdata é crucial para dar à sua empresa o ritmo que a era dos negócios digitais exige das corporações. Por meio de um painel de controle completo, o gestor consegue monitorar todos os pontos críticos do negócio — dos resultados de vendas aos lançamentos contábeis.
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Agora que você já conheceu as diferenças entre ERP on premise e ERP em nuvem, entre em contato conosco e entenda a fundo como um sistema de gestão de alta performance pode impactar diretamente os resultados de sua empresa!