O que é compliance e qual é a importância de implantar rotinas de controle
O termo compliance deriva do verbo “to comply”, em inglês, e significa o esforço corporativo para estar em conformidade com regras, especificações, instruções e regulamentos. Nas empresas atuais, a expressão ganha cada vez mais corpo ao se deparar com intensas questões burocráticas, legais e sociais.
Nos últimos anos, duas forças complementares, bastante agudas e relevantes, fortaleceram a importância do compliance no cenário organizacional: de um lado, a sociedade anseia por organizações confiáveis e éticas, penalizando-as em imagem e reputação caso decepcionem em seus valores; de outro, o governo estreita a vigilância sobre o cumprimento de aspectos legais que envolvem políticas e normas regulamentares, aplicando severas punições (principalmente financeiras) caso não sejam atendidas as determinações lícitas.
Neste novo âmbito de exigência, a um só tempo dinâmico e desafiador, a atividade de compliance deve incluir a observância ampla dos processos empresariais, sendo consistentemente incorporado às rotinas de gestão. Somente deste modo torna-se possível prover a continuidade devida ao acompanhamento operacional, garantindo plena concordância com as diretrizes estabelecidas.
No contexto gerencial e prático, portanto, o reconhecimento acerca do valor do compliance diz respeito à adoção de um conjunto efetivo de ferramentas que permitem e facilitam o monitoramento das atividades internas de forma ampla e integrada, garantindo a transparência na gestão e o consequente resguardo às operações do negócio — munindo-se dos dados necessários à justificativa de condutas no caso de um eventual acionamento jurídico (que certamente deve ser evitado).
A importância da implantação de uma atitude orgânica de compliance, portanto, reside principalmente em orquestrar uma mudança de postura: no lugar de organizações reativas, que apenas se posicionam após o apontamento de problemas e desvios, despontam as empresas proativas, que se certificam de adotar procedimentos que asseverem a conformidade de seus processos às exigências legais e burocráticas.
Sendo assim, as rotinas de controle precisam ser eficientes e contínuas. A correta gestão do compliance já foi inclusive formalizada em uma certificação específica, a ISO 19600:2014, que centra sua abordagem no risco e objetiva servir de padrão internacional para as normas de acompanhamento.
O rigor das exigências é cristalino, mas os benefícios de uma conduta ética e transparente são ainda mais evidentes. Ao voltar os olhos às boas práticas de compliance, os gestores têm mais segurança diante das demandas sociais e às regulações legais, fortificando sua visão estratégica e garantindo a sustentabilidade do negócio a médio e longo prazos.
Como o compliance pode contribuir para o crescimento da sua empresa
Além de assegurar que a empresa esteja cumprindo todas as exigências normativas, o compliance atua de forma consistente para proporcionar um ambiente de desenvolvimento operacional, favorecendo a solidez do negócio e fortalecendo sua reputação frente aos consumidores.
No âmbito jurídico, uma postura de correção ética, com franca atenção às normas lícitas, assegura que haja conformidade operacional às leis vigentes e reforço a proteção da empresa frente a possíveis acusações. Além disso, converge para eliminar riscos de punições por irregularidades administrativas.
No que tange à sociedade, o compliance vai ao encontro dos anseios morais que são validados e criticados pelos diversos públicos com os quais a empresa se relaciona. O controle ético e operacional inibe que possíveis desvios, em diversos graus de gravidade, possam comprometer fatalmente a imagem corporativa e causar danos irreparáveis à reputação da marca, fadando-a ao fracasso.
Por fim, no que se refere à competitividade, atitudes de compliance contribuem para a melhoria de procedimentos de rotina e permitem a rápida identificação de eventuais falhas, possibilitando que sejam ajustadas sem incidir em prejuízos significativos.
Os atributos mencionados já seriam, em sua individualidade, suficientemente fortes para motivar uma reavaliação sobre a importância do compliance no ambiente corporativo. Quando juntos, porém, demonstram um potencial ainda maior para brindar o negócio e alavancar suas operações, proporcionando e sustentando um crescimento coordenado e arquitetado em bases sólidas.
O compliance como diferencial competitivo
Em função de tantos aspectos positivos, não seria equivocado reiterar que a aplicação das condutas de compliance, que normatiza procedimentos e armazena dados cruciais, rende benefícios expressivos em áreas estratégicas, tais como resguardo a acusações legais, inibição de fraudes, aumente de confiança, ganho de reputação e fortalecimento da gestão corporativa.
Diante de vantagens tão explicitas e irrefutáveis, é válido ponderar que uma séria visão de compliance desponta como um consistente diferencial competitivo em um mercado cada vez mais acirrado. Somente as empresas mais preparadas, focadas em prevenir perigosos riscos futuros e em ter pleno domínio de suas operações, serão capazes de se manter aderentes a uma sociedade mais consciente e mais exigente.
Dito isso, uma verdade poderosa ascende: o compliance de fato exerce um peso considerável em relação aos resultados mais imediatos do negócio e às perspectivas de perpetuar as operações no longo prazo.
Gestores capacitados e engajados em sua tarefa de liderança precisam estar conscientes da necessidade de blindar a empresa de eventuais riscos que possam derivam de uma falha na aplicação de preceitos de compliance. Certifique-se de jamais negligenciar o poder de uma visão ampla, estratégica e transparente, agindo de forma proativa para eliminar vulnerabilidades que possam comprometer a perenidade da empresa.
Se calha o conselho, trata-se de uma orientação simples: adote, aplique e invista em compliance. Seus negócios (e seus consumidores) agradecem!
E você? Já teve alguma vivencia com procedimentos de compliance? Tem alguma experiência interessante que pode contribuir com nossa discussão a respeito do assunto? Então deixe seu comentário no post para enriquecer nossa conversa!