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Dica de Gestão #3: Alinhamento de gestão para ganhar hegemonia

Alinhamento de gestão para ganhar hegemonia

Uma empresa é feita de pessoas com visão única, com poderes de decisão diferentes e prioridades distintas. Assim, para a companhia não é interessante que os valores sejam pessoais e sim corporativos, para que a empresa tenha um conjunto de pessoas pensando de modo equivalente, tornando a forma de decidir e o estilo de priorizar tarefas homogêneos. Então, como fazer com que todos os funcionários trabalhem alinhados com os princípios da empresa?

Na prática, como fazer uma empresa que tenha 10 ou 10.000 funcionários trabalharem alinhados com princípios fazendo com que todos interpretem os problemas de forma parecida?

A essência está no envolvimento direto dos executivos do topo da pirâmide em repassar a cultura da companhia em reuniões com os líderes, análises em conjunto de situações pontuais e instruções para os subordinados. Remadores olímpicos vencem uma prova não pela força individual, mas pelo alinhamento coletivo e cadência, exatamente como nas empresas, onde só um grupo homogêneo alcança bons resultados. Sozinho o líder eficiente não faz uma empresa vencedora.

 Como fundador da Alterdata Software, tive contato com empresários de inúmeros segmentos e muitas vezes escutei o principal homem da companhia reclamar de seus subordinados sem perceber que, na verdade, a equipe estava sem rumo porque ele mesmo não mantinha contato direto com cada um para discutir os assuntos. Sem alinhamento, cada gerente interpreta problemas e os resolve do seu jeito, o que nem sempre corresponde aos valores da companhia.

 O executivo precisa saber que por mais competentes que seus gerentes sejam, eles têm formas distintas de analisar e gerar ações. Eles precisam receber informações suficientes para tomarem decisões alinhadas com os valores da empresa. De outra forma eles não podem ser criticados. Por isso, sugiro algumas ações que podem mudar este panorama:

1) Realizar reuniões quinzenais com os líderes discutindo situações reais que exijam decisões fortes. O principal executivo da empresa deve estar presente para que todos conheçam a forma de pensar e agir dele. Neste momento, assim que um dos líderes apresentar um caso, o executivo não deve decidir de imediato, mas fazer o grupo pensar na melhor solução.

2) É importante que os líderes tenham em seu departamento listas atualizadas priorizando as urgências. O executivo deve, eventualmente, analisar estas listas para saber se os gerentes as classificam corretamente segundo os princípios da empresa.

3) O proprietário da empresa deve deixar as pessoas decidirem. Psicologicamente falando, todos aprendem com os acertos e erros. Sendo assim, uma grande falha dos líderes é não permitir que os liderados tomem decisões para evitar riscos. Ao mesmo tempo em que o líder concentra as decisões em si próprio, cria um problema para o crescimento geral, pois não prepara os liderados para encontrar soluções e um dia também serem comandantes.

4) O executivo e os líderes devem reservar tempo na agenda para ter contato direto com os subordinados, devem indagar sobre o andamento dos planos de ação do setor para saber como eles agem diante das situações. Quanto maior for a empresa, mais tempo o líder deve destinar à gestão e menos tempo ao operacional.

5) É importante que o proprietário da empresa não permita que os líderes abaixo dele na pirâmide trabalhem sem métodos específicos de gestão. Se cada um trabalhar da forma que acredita ser a ideal, pode haver um desalinho nocivo ao crescimento da companhia. O ideal é permitir experimentos de metodologias por setor, mas assim que for comprovado o sucesso, que este modelo de gestão seja levado aos demais líderes e passe a fazer parte do patrimônio da empresa.

 Sendo assim, a mensagem central é: “tenha contato regular com os líderes, alinhando os valores decisórios relevantes”.

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