Se você tem um salão de beleza, sabia que precisa se preocupar com o gerenciamento de resíduos? Afinal, apesar de não haver uma legislação específica sobre esse nicho, é essencial ter responsabilidade socioambiental para contribuir de forma significativa para não prejudicar o meio ambiente.
Sendo assim, os salões de beleza devem seguir as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Ambos são responsáveis por orientar e definir as regras para garantir a sustentabilidade.
Portanto, ter um bom plano de gerenciamento de resíduos é importante para que o seu salão de beleza seja visto como inovador, responsável, ético e transparente. Além, é claro, de contribuir de forma significativa para o bem comum.
Vamos aprender mais sobre o gerenciamento de resíduos no salão de beleza? Continue conosco e confira a nossa matéria completa sobre o assunto.
O que é gerenciamento de resíduos?
Mesmo que você tenha um salão de beleza em um espaço pequeno, saiba que é essencial se preocupar com o gerenciamento de resíduos.
O gerenciamento de resíduos envolve uma série de metodologias para reduzir a geração e a eliminação de resíduos. Dessa maneira, há um acompanhamento mais aprofundado durante todo o ciclo produtivo dos produtos.
Portanto, saiba que ter um plano de gerenciamento de resíduos é um passo muito importante para o seu salão de beleza.
Afinal, é o momento em que você cria um conjunto de procedimentos para a gestão de resíduos, visando cuidados especiais com o armazenamento e descarte dos mesmos.
Quais são os resíduos gerados no salão de beleza?
A classificação dos resíduos de acordo com as resoluções ANVISA RDC nº 306/2004 e do CONAMA nº 358/2005 identifica os resíduos do serviço da saúde em cinco grupos. Conheça quais são eles.
Grupo A: Resíduos biológicos
São os resíduos que podem apresentar riscos de infecção, pois há a presença de vírus, bactérias e fungos. Exemplos:
- lixas;
- algodão;
- cabelo;
- luvas;
- gaze;
- cera;
- cutículas.
Grupo B: Resíduos químicos
São os resíduos que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, pois têm características de corrosividade, toxicidade, reatividade e inflamabilidade. Exemplos:
- embalagens de esmaltes e acetona;
- materiais com esmalte e acetona;
- creme;
- óleos essenciais;
- dentre outros.
Grupo C: Resíduos radioativos
Eles não se aplicam aos salões de beleza, pois são aqueles que apresentam elementos químicos radioativos, como um processo nuclear.
Grupo D: Resíduos comuns
São os resíduos sem riscos biológicos, radiológicos, químicos ao meio ambiente, como:
- papel de uso sanitário;
- absorventes higiênicos;
- sobras de alimentos;
- resíduos de flores;
- copos descartáveis;
- papel;
- papelão;
- capa descartável de tintura;
- sacos plásticos;
- frascos de produtos com shampoo, condicionadores e hidratantes;
- embalagens de produtos;
- capas de tintura;
- embalagens de produtos;
- embalagens plásticas;
- dentre outros.
Grupo E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes
São os resíduos que contenham materiais perfurantes, como:
- lâminas de barbear;
- agulhas;
- ampolas de vidro;
- tubos capilares;
- micropipetas;
- lâminas e lamínulas;
- espátulas;
- dentre outros.
Vale ressaltar que todos os resíduos precisam ter uma destinação ambiental adequada, pois podem prejudicar a natureza. Portanto, é essencial ter um plano alinhado com as exigências dos órgãos sanitários, está bem?
Como montar um plano de gerenciamento de resíduos?
Segundo a Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004, é obrigatório para as empresas que prestam serviços na área de saúde a ter um plano de gerenciamento de resíduos.
“O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente”, é destaque na resolução.
Confira algumas ideias para promover um bom gerenciamento de resíduos no seu salão de beleza.
Faça uma lista contendo todos os resíduos do seu salão de beleza
É importante entender quais são os tipos de resíduos gerados pelo seu salão de beleza. Por isso, faça uma lista elencando todos os resíduos comuns, químicos, biológicos, perfurocortantes, dentre outros.
Separe os materiais de acordo com as suas características
Crie grupos de resíduos para já armazená-los da forma correta, identificando-os e já promovendo a separação correta.
Nesse processo, também chamado de segregação, consiste na separação dos resíduos de acordo com as classes que citamos anteriormente. Dessa maneira, na hora da armazenagem, eles já são identificados conforme os riscos potenciais ao meio ambiente.
Identifique os materiais
A identificação correta dos materiais ajuda a manter a rotina do seu salão de beleza mais organizada. Assim, fica muito mais fácil identificar os tipos de resíduos para promover a destinação correta.
Promova o descarte correto
Separe todos os resíduos e promova o descarte correto dos resíduos de acordo com as regulamentações da sua região.
Como promover a segregação, o acondicionamento e a identificação dos resíduos gerados no salão de beleza?
Por fim, preparamos algumas dicas de acordo com a Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004 com relação à segregação, acondicionamento e identificação dos resíduos gerados no seu salão de beleza. Confira.
Resíduos biológicos (Grupo A)
Eles precisam ser acondicionados em sacos brancos leitosos resistentes e identificados com símbolos e frases de risco biológico. Ele precisa ser descartado em uma lixeira com pedal, fechada e devidamente identificada.
Resíduos químicos (Grupo B)
Eles precisam ser acondicionados em sacos plásticos na cor laranja leitosa, com identificação de resíduos e riscos químicos.
Resíduos comuns (Grupo D)
Precisam ser acondicionados em saco plástico preto resistente, que tenha o tamanho adequado e alocado em lixeiras fechadas e sem acionamento manual, que também precisa estar devidamente identificada.
Resíduos perfurocortantes (Grupo E)
Eles devem ser acondicionados em recipientes rígidos, vedados, impermeáveis e identificados com o símbolo internacional de risco biológico, acrescido da informação de perfurocortante.
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