Uma prática que era desejo para muitos e uma utopia para várias empresas, teve que entrar na rotina de muitos funcionários literalmente de um dia para o outro. O home office virou uma necessidade, talvez a única forma de uma empresa se manter ativa. É claro que não estamos vivendo de fato um home office, o que estamos fazendo é uma adaptação a um modelo novo, imposto pela pandemia e suas restrições. Por essa razão muitos colaboradores das organizações podem ficar em estado de ansiedade, qual o papel do RH no combate? Nesse artigo vamos falar o que a empresa pode fazer para ajudar. Continue a leitura!
Home office e os efeitos do isolamento
No home office dos sonhos, colocaríamos as crianças na escola, pegaríamos nossa xícara de café quente e passaríamos o dia respondendo e-mails, atendendo nossos clientes, fazendo calls e reuniões de equipe. O que temos atualmente é uma novidade, em que precisamos lidar com atividades de casa, as necessidades dos outros, as expectativas de um futuro incerto e a preocupação com os nossos que estão aí fora. Com isso, a ansiedade, que já era considerada uma das doenças do século, invade nossas casas e é papel também das organizações o auxílio a essas pessoas.
A Alterdata já estava se preparando para o home office antes da pandemia, o que foi um facilitador para esta transição. Já sabíamos que tínhamos que fazer e como fazer. Alguns colaboradores em HO já nos mostravam que esse era um excelente e possível caminho. Mas, passar de menos de 1% da empresa nesse modelo de trabalho para nosso atual 94%, foi um grande desafio.
Com o novo cenário, a empresa exerce um importante papel na vida do seu colaborador. Sabemos que muitos estão sofrendo com os efeitos do isolamento e para isso, precisamos pensar ou repensar alguns aspectos da nossa rotina.
5 dicas para melhorar a rotina do colaborador:
– Comunicação: precisa ser clara e frequente. O importante, mais do que o é dito, é como será dito. As pessoas estão recebendo informações negativas e pessimistas o tempo todo. Por lógica, acreditam que seu emprego está por um fio e se desesperam muitas vezes sem necessidade. Uma fala sincera e confortadora precede uma escuta aberta e agradecida.
– Interferência no ambiente de trabalho: no meio de uma reunião, uma criança pode aparecer no vídeo. Na hora da sua fala, o cachorro vai latir. Você não consegue se concentrar 100% do tempo. Sabemos. A empatia nunca se fez tão necessária.
– Trabalhar a independência do colaborador: sonho de consumo de muita gente, a autonomia pode ser estimulada e bem trabalhada nesse momento. O gestor precisa se adaptar ao fato de que ele não precisa ver para saber o que seu liderado está produzindo. O colaborador que conhece bem as políticas da empresa e do seu cargo vai responder a expectativa da empresa, já que segue em consonância com a mesma. É a hora de todo mundo crescer.
– Relações modificadas: pessoas sensibilizadas exigem atenção especial. Se é difícil entender o que o outro está sentindo no ambiente de trabalho, a distância essa tarefa exige muito mais tato e sensibilidade. O gestor não pode se apegar ao clichê do “ele é quieto assim mesmo” ou pensar que aquela pessoa super comunicativa está tirando a situação de letra. É necessária uma aproximação em que o colaborador tenha abertura para fugir do tema profissional, mostrar suas dificuldades e angústias. Para alguns, seus colegas de empresa são suas únicas fontes de comunicação, principalmente pela identificação por estarem no mesmo ambiente.
– Fugir do óbvio: nada como um contato diferente para quebrar o clima. Ações de motivação, happy hour, uma vídeo chamada pra bater um papo despretensioso… tudo isso dá um choque na rotina e tem o poder de transformar o dia de alguém. Chama seu colaborador no inbox e você vai ver o quanto isso é bem recebido.
E saúde mental do gestor, quem cuida?
A gestão é quem faz a ponte entre a empresa e o colaborador. É nele em quem confiamos para que a cultura da empresa seja multiplicada. Porém, é necessário que esse líder também seja assistido, ele precisa ter um ponto de apoio em que possa se guiar, pegar dicas e receber feedbacks. Essa pessoa pode ser um par ou algum membro da alta gestão.
Nosso RH está sempre em parceria com esses líderes, tratando desde questões individuais de membros da equipe, ou até no auxílio no seu desenvolvimento como gestor.
E se você veio até esse artigo para saber o que você mesmo pode fazer para lidar com a ansiedade no Home Office, tenho aqui um resumo do que temos visto por aí:
– Tenha uma rotina;
– Evite informação em excesso;
– Pratique atividades físicas;
– Mantenha contato com as pessoas que te fazem bem;
– Não se cobre em excesso. Funcionamos de formas diferentes, uma pessoa pode se satisfazer fazendo milhares de cursos e trabalhando novas habilidades, mas a outra pode ficar feliz somente assistindo TV no sofá o sábado todo;
– Pratique a meditação! Está cientificamente provado que praticar meditação ajuda a aliviar sintomas de ansiedade, depressão e até dores no corpo. Não sabe como começar? Temos vários apps de meditação guiada que podem te auxiliar nessa jornada.
O Colaborador não está sozinho. É necessário que ele veja no RH, na liderança e nos seus pares uma fonte de ajuda para os momentos de angústia. Assim, sairemos deste momento de isolamento muito mais fortalecidos.
Leia também: Como fazer Gestão de Pessoas durante a pandemia
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