Vamos começar este post com um exemplo bem simples para explicar um caso concreto de metas empresariais. Ao menos em filmes, você já deve ter reparado naqueles hamsters que correm em gaiolas circulares, sem nunca parar, mas nem por isso saindo do lugar, certo? Pois muitos gestores se sentem exatamente assim em relação a seus times: muita correria e pouco resultado. Seria esse seu caso também?
Se você está na dúvida, é importante pensar no foco da sua equipe. E se o problema não estiver nos colaboradores, mas sim na ausência de um sistema de acompanhamento de metas empresariais? As atenções em sua organização estão centralizadas em trabalhar muitas horas ou em entregar resultados? Basicamente, o questionamento principal aqui é: em sua empresa, você mede esforço ou resultado?
Por não terem recursos que favoreçam o controle de indicadores de desempenho, muitos negócios acabam cedendo ao comodismo de medir horas de trabalho. Mas esse é um erro grave, que inclusive explica por que menos de 40% das companhias conseguem ultrapassar a fronteira de 5 anos de vida. Lembre-se: quem não sabe onde está jamais conseguirá chegar a algum lugar.
Hoje, você vai entender como fazer um acompanhamento de metas empresariais de excelência. Acompanhe os próximos tópicos para não deixar sua corporação navegar ao sabor do acaso!
A hierarquia de indicadores de performance
O estatístico William Deming, famoso na área de gestão de qualidade, afirmava que é impossível gerenciar o que não se mede. Dizia: “não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia”. E não é nada difícil compreender o porquê.
As empresas estão atualmente inseridas em um complexo cenário de competitividade em que a permanente necessidade de reduzir custos e de inovar exige o nível mais alto de desenvolvimento na administração de todas as variáveis corporativas. Não basta, assim, definir corretamente as estratégias de negócio. É preciso que essas estratégias sejam processadas dentro de um intrincado sistema de avaliações de desempenho de todas as operações diárias da empresa.
Nesse aspecto, pode-se traçar um paralelo entre um gestor e um piloto de aeronave de grande porte. Além do know-how, é preciso que ambos saibam gerenciar um conjunto complexo de ações. Em um Boeing, por exemplo, tudo isso é materializado na forma de centenas de radares e botões, como indicadores altimétricos, manômetros e compassos magnéticos.
Pense bem: você se arriscaria a viajar dentro de uma aeronave comercial pilotada por um comandante desprovido de painel de controle, que pretende levantar voo com base apenas em sua intuição? Não? Então por que acha que sua empresa pode alcançar o sucesso sem seguir qualquer referencial objetivo?
O sucesso no acompanhamento de metas
As metas devem ser SMART
Na prática, muitos gestores criam cisões simplesmente por não saberem diferenciar desejos de metas. Entenda: as metas devem ter um objetivo claro e um prazo determinado. Em outras palavras, toda meta deve ser:
- específica (specific);
- mensurável (measurable);
- alcançável (attainable);
- realista (realistic);
- temporizável (time-bound).
Os alvos devem ser quebrados em pequenas ações
Você não conseguirá acompanhar os alvos do seu time se eles forem demasiadamente amplos e subjetivos. O ideal, portanto, é que cada uma de suas metas seja desdobrada em ações menores e mais efetivas, o que pode ser conseguido com algumas técnicas de planejamento. Com o 3W2H, por exemplo, você deve se perguntar:
- o que será realizado (what);
- quem realizará (who);
- quando será realizado (when);
- como será realizado (how);
- quanto custará (how much).
Outra ferramenta interessante e que facilita bem o acompanhamento das metas é o Balanced ScoreCard (BSC), uma metodologia de medição e gestão de desempenho que dilui as estratégias de nível macro em iniciativas presentes em todos os âmbitos da empresa. Trata-se de um conjunto de indicadores financeiros e não financeiros que ajudam a visualizar a relação entre o que a companhia quer ser e o que ela realmente é.
Os referenciais devem ser compartilhados
Por motivos óbvios, é muito mais fácil fazer o acompanhamento de metas quando não há resistência por parte dos colaboradores. Para isso, é preciso que os funcionários compreendam verdadeiramente o que deve ser perseguido (e por que), em vez de simplesmente serem forçados a aceitar de forma unidirecional uma diversidade de indicadores de desempenho aparentemente sem sentido.
Desde meados dos anos 70, quando Peter Drucker tornou famosa sua Administração por Objetivos (APO), entende-se como óbvio que as metas são mais facilmente atingidas quando os gestores conseguem criar um senso de pertencimento na equipe durante seu processo de elaboração. Isso significa discutir com o time até onde cada unidade ou profissional é capaz de chegar.
As metas devem ser usadas para motivar
Não é incomum observar casos em que os Key Performance Indicators (KPIs) são usados apenas como meio de legitimar a punição, quando, muito pelo contrário, deveriam ser usados como ignição para motivar as equipes, dar sentido aos desafios internos e unir o time em torno dos objetivos estratégicos da organização.
A partir de agora, então, trate de usar as metas estabelecidas para trazer seus colaboradores para dentro da dinâmica competitiva empresarial e não para apenas aplicar sanções. Combinado?
A adoção de uma solução de gestão integrada gera eficiência
Como você espera gerenciar as metas da sua equipe de vendas se todos os dados comerciais estão espalhados em sistemas que não dialogam entre si? Como almeja monitorar o desempenho do setor de controle de custos se as movimentações financeiras e os lançamentos contábeis são registrados em softwares distintos? E como falar em alta performance monitorando resultados em planilhas do Excel?
A premissa para um acompanhamento de metas em grau de excelência é ter dados integrados. E isso é feito com a substituição dos diversos sistemas legados corporativos por um único recurso de gestão da informação. Estamos falando da implementação de um sistema de gestão empresarial (ERP) que centralize todos os rastros do negócio em um único aplicativo, permitindo uma visualização ponta a ponta de cada processo.
A propósito, como é feita a gestão de dados na sua organização? Na era dos negócios digitais, todos têm dados à disposição. O que faz mesmo a diferença entre as empresas vencedoras e as estagnadas é a capacidade de transformar dados brutos em insights estratégicos. E alguns desses insights vêm justamente da análise de metas acompanhadas em tempo real por meio de relatórios e do dashboard de um bom ERP.
Quer se aprofundar ainda mais no universo da gestão estratégica? Então descubra agora mesmo como ter mais controle nos processos da empresa e faça com que seu acompanhamento de metas se reflita no faturamento!